domingo, 6 de novembro de 2016

O planejamento dentro das funções administrativas

As quatro funções administrativas são: planejamento, organização, direção e controle.

Hoje vamos falar sobre o planejamento. 

- Planejamento

O planejamento implica avaliar o futuro e preparar-se para ele, ou mesmo criá-lo. O planejamento é a função crítica dentre as quatro que estudaremos. Pense bem: tudo aquilo que a organização deseja alcançar ou que o administrador julga importante realizar dependerá do estabelecimento de determinados objetivos e da formulação de planos que permitam alcança-los. Não importa se o gerente encontra-se no nível estratégico, tático ou operacional.

O que é planejamento afinal de contas?

- Planejamento é uma função responsável por definir objetivos, metas e planos.


Qual a importância do planejamento para as organizações?

- O planejamento proporciona senso de direção, focaliza esforços, maximiza a eficiência, reduz o impacto do ambiente, define parâmetros de controle, atua como fonte de motivação e comprometimento, potencializa o autoconhecimento organizacional e fornece consistência.

O planejamento é feito por nível organizacional, há três níveis, o nível estratégico, nível tático e nível operacional.

O nível estratégico, ou seja, administradores de topo, tem foco na organização como um todo, tem forte orientação externa, orientação é de longo prazo e tem objetivos gerais e planos genéricos para a organização.

Já o nível tático, ou seja, os gerentes, tem foco em unidades ou departamentos da organização, orientação de médio prazo, definem as principais ações a empreender para cada unidade.

O nível operacional, ou seja, supervisores de 1ª linha, tem foco em tarefas rotineiras, definem procedimentos e processos específicos e os objetivos especificam os resultados esperados de grupos ou indivíduos.

Dentro de um modelo de planejamento vai se ouvir falar em objetivos, esses objetivos são resultados, propósitos, intenções ou estados futuros que as organizações pretendem alcançar, por meio da alocação de esforços e recursos de uma determinada direção.

Filipe Sobral autor do livro ‘administração: teoria e pratica no contexto brasileiro’. Dá o exemplo da hierarquia dos objetivos, além de mostrar a visão e a missão que uma organização precisa estabelecer quando montar seu planejamento estratégico. 


 Antes de ser montado se fato o planejamento é feito um diagnóstico atual da organização, feito uma análise ambiental e uma análise interna, para então ser feita a formulação estratégica, a implementação da estratégia dentro da organização e então é feito o controle para saber os resultados. O planejamento nunca tem um fim, de acordo com os resultados pode ser mudado algo, para o melhor desenvolvimento, então é um processo continuo. Conforme mostra a imagem:


Antes de formular uma estratégia, os administradores precisam analisar as principais tendências de seu ambiente externo e conhecer as competências e os recursos de que a organização dispõe.

A análise SWOT é uma ferramenta gerencial para analisar, de forma integrada, o processo de análise estratégica, depois de identificadas as oportunidades e ameaças ambientais e os pontos fortes e fracos da organização.

Após fazer a análise interna e ambiental é feita as formulações estratégicas que são três: a estratégia corporativa, estratégia de nível de negócio e a estratégia de nível funcional.

A estratégia corporativa é formulada pela administração de topo de uma organização para supervisionar os interesses e operações de organizações compostas por diversas unidades de negócio
A estratégia corporativa deve:
(1) definir o rumo da organização como um todo;
(2) definir quais os negócios em que a empresa deve estar presente;
(3) definir qual o papel e importância de cada unidade de negócio para a organização;
(4) alocar os recursos da organização às unidades de negócio.


 A estratégia de nível de negócio tem como objetivo definir como a unidade de negócio deve competir para conseguir alcançar uma posição de superioridade em relação aos seus concorrentes.

A estratégica de negócio deve:
- Definir como cada unidade estratégica de negócio deve competir.
- Posicionar a organização de forma a possuir uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes.

Porém quando se fala em vantagem competitiva, logo vem à cabeça as cinco forças de Porter.


Ameaças de novas entradas
- A ameaça de novos competidores na indústria está relacionada com a existência de barreiras à entrada (ex: elevado investimento inicial ou acesso a canais de distribuição).
Ameaças de produtos ou serviços substitutos
- Produtos ou serviços substitutos satisfazem as mesmas necessidades dos consumidores.
Poder de barganha dos fornecedores
- O poder negocial dos fornecedores está relacionado com o número (muitos ou poucos) e concentração (coalizados ou competidores entre si) dos fornecedores.
Poder de barganha dos consumidores
- O poder negocial dos clientes está relacionado com o número e concentração dos clientes.
Rivalidade entre os competidores atuais
- Relacionado com o número de concorrentes existentes na indústria.

Dentre a ultima e não menos importante das formulações estratégicas, vem as estratégias de nível funcional, que são formuladas pelos departamentos da empresa e constituem planos de ação que servem para sustentar a estratégia de nível de negócio.

É por meio das estratégias funcionais que se define o papel de cada área funcional (ex: RH ou marketing) de forma a apoiar a estratégia de negócio.

É fundamental que as estratégias funcionais sejam coordenadas entre si para evitar conflitos e a natural tendência de tratar o departamento como uma unidade organizacional independente.

Então por fim, a última parte no processo de administração estratégica, após fazer a análise interna e ambiental e as formulações estratégicas, vem a implementação dentro da organização e o controle estratégico.

A implementação estratégica é uma das etapas mais difíceis do processo de administração estratégica e engloba a execução de um conjunto de tarefas e ações gerenciais com o objetivo de colocar a estratégia em prática. Toda estratégia deve ser avaliada e controlada para que se verifique se ela está sendo implementada corretamente e para que sejam tomadas medidas corretivas quando se percebem desvios significativos.


SOBRAL, Filipe. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. Prentice Hall – 2 ed. 2013.

CARAVANTES, Geraldo. Administração: teorias e processo. Prentice Hall – 2 ed. 2005.



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