As quatro funções administrativas são: planejamento, organização, direção e controle.
Hoje vamos falar sobre o planejamento.
- Planejamento
O planejamento implica avaliar o futuro e preparar-se
para ele, ou mesmo criá-lo. O planejamento é a função crítica dentre as quatro
que estudaremos. Pense bem: tudo aquilo que a organização deseja alcançar ou
que o administrador julga importante realizar dependerá do estabelecimento de
determinados objetivos e da formulação de planos que permitam alcança-los. Não
importa se o gerente encontra-se no nível estratégico, tático ou operacional.
O que é planejamento afinal de contas?
- Planejamento é uma função responsável por definir
objetivos, metas e planos.
Qual a importância do planejamento para as organizações?
- O planejamento proporciona senso de direção, focaliza
esforços, maximiza a eficiência, reduz o impacto do ambiente, define parâmetros
de controle, atua como fonte de motivação e comprometimento, potencializa o autoconhecimento
organizacional e fornece consistência.
O planejamento é feito por nível organizacional, há três níveis,
o nível estratégico, nível tático e nível operacional.
O nível estratégico, ou seja, administradores de topo,
tem foco na organização como um todo, tem forte orientação externa, orientação
é de longo prazo e tem objetivos gerais e planos genéricos para a organização.
Já o nível tático, ou seja, os gerentes, tem foco em
unidades ou departamentos da organização, orientação de médio prazo, definem as
principais ações a empreender para cada unidade.
O nível operacional, ou seja, supervisores de 1ª linha,
tem foco em tarefas rotineiras, definem procedimentos e processos específicos e
os objetivos especificam os resultados esperados de grupos ou indivíduos.
Dentro de um modelo de planejamento vai se ouvir falar em
objetivos, esses objetivos são resultados, propósitos, intenções ou estados
futuros que as organizações pretendem alcançar, por meio da alocação de
esforços e recursos de uma determinada direção.
Filipe Sobral autor do livro ‘administração: teoria e
pratica no contexto brasileiro’. Dá o exemplo da hierarquia dos objetivos, além
de mostrar a visão e a missão que uma organização precisa estabelecer quando
montar seu planejamento estratégico.
Antes de ser montado se fato o planejamento é feito um
diagnóstico atual da organização, feito uma análise ambiental e uma análise
interna, para então ser feita a formulação estratégica, a implementação da estratégia
dentro da organização e então é feito o controle para saber os resultados. O planejamento nunca tem um fim, de acordo com os resultados pode ser mudado algo, para
o melhor desenvolvimento, então é um processo continuo. Conforme mostra a
imagem:
Antes de formular uma estratégia, os administradores
precisam analisar as principais tendências de seu ambiente externo e conhecer
as competências e os recursos de que a organização dispõe.
A análise SWOT é uma ferramenta gerencial para analisar,
de forma integrada, o processo de análise estratégica, depois de identificadas
as oportunidades e ameaças ambientais e os pontos fortes e fracos da organização.
Após fazer a análise interna e ambiental é feita as
formulações estratégicas que são três: a estratégia corporativa, estratégia
de nível de negócio e a estratégia de nível funcional.
A estratégia corporativa é formulada pela
administração de topo de uma organização para supervisionar os interesses e
operações de organizações compostas por diversas unidades de negócio
A estratégia corporativa deve:
(1) definir o rumo da organização como um todo;
(2) definir quais os negócios em que a empresa deve estar
presente;
(3) definir qual o papel e importância de cada unidade de
negócio para a organização;
(4) alocar os recursos da organização às unidades de
negócio.
A estratégia de
nível de negócio tem como objetivo definir como a unidade de negócio deve
competir para conseguir alcançar uma posição de superioridade em relação aos
seus concorrentes.
A estratégica de negócio deve:
- Definir como cada unidade estratégica de negócio deve
competir.
- Posicionar a organização de forma a possuir uma vantagem competitiva sobre os seus
concorrentes.
Porém quando se fala em vantagem competitiva, logo vem à cabeça
as cinco forças de Porter.
Ameaças de novas entradas
- A ameaça de novos competidores na indústria está
relacionada com a existência de barreiras à entrada (ex: elevado investimento
inicial ou acesso a canais de distribuição).
Ameaças de produtos ou serviços substitutos
- Produtos ou serviços substitutos satisfazem as mesmas
necessidades dos consumidores.
Poder de barganha dos fornecedores
- O poder negocial dos fornecedores está relacionado com o
número (muitos ou poucos) e concentração (coalizados ou competidores entre si)
dos fornecedores.
Poder de barganha dos consumidores
- O poder negocial dos clientes está relacionado com o
número e concentração dos clientes.
Rivalidade entre os competidores atuais
- Relacionado com o número de concorrentes existentes na
indústria.
Dentre a ultima e não menos importante das formulações estratégicas, vem as estratégias
de nível funcional, que são formuladas pelos departamentos da empresa e
constituem planos de ação que servem para sustentar a estratégia de nível de
negócio.
É por meio das estratégias funcionais que se define o
papel de cada área funcional (ex: RH ou marketing) de forma a apoiar a estratégia
de negócio.
É fundamental que as
estratégias funcionais sejam coordenadas entre si para evitar conflitos e a
natural tendência de tratar o departamento como uma unidade organizacional
independente.
Então por fim, a última parte no processo de administração
estratégica, após fazer a análise interna e ambiental e as formulações
estratégicas, vem a implementação dentro
da organização e o controle estratégico.
A implementação
estratégica é uma das etapas mais difíceis do processo de administração
estratégica e engloba a execução de um conjunto de tarefas e ações gerenciais
com o objetivo de colocar a estratégia em prática. Toda estratégia deve ser avaliada e controlada para que se
verifique se ela está sendo implementada corretamente e para que sejam tomadas
medidas corretivas quando se percebem desvios significativos.
SOBRAL, Filipe. Administração:
teoria e prática no contexto brasileiro. Prentice Hall – 2 ed. 2013.
CARAVANTES, Geraldo. Administração:
teorias e processo. Prentice Hall – 2 ed. 2005.
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